quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Papai Noel mercenário

Hoje fui acompanhas uma amiga no Shopping. Ela foi levar sua sobrinha de seis anos para ver o Papai Noel. Ficamos espantados diante do preço que se paga para uma criança “ver” o bom velinho.  Para tirar um foto com ele tem que pagar 20,00 a foto simples, pois se quiser acrescentar algo (uma borda, a foto gravada em cd etc.) o preço pode chegar a 45,00. Junto do personagem natalinho tem a sua casa que é rodeada por um trenzinho, num espaço de mais ou menos 10 metros.  Para dar um volta, que dura menos de 5 minutos, no trenzinho paga-se 8,00 reais.  Se os pais ou as tias quiserem dar uma volta no shopping sem a criança, podem deixar o pequeno num espaço recreativo, que fica do lado da casa do Pai Noel.  Para ficarem neste espaço os pobres dos pais (ou seria os ricos pais?) tem que pagar 12,00 por cada  meia- hora. Diante disto tudo a minha amiga, e pobre tia, exclamou – Mas que Papai-Noel mercenário!
No meu tempo de criança o Papai Noel andava nas ruas, ou então, ficava na frente de alguma loja e sempre tinha balas para dar às crianças. Quem quisesse tira foto não precisava pagar nada.  Na minha cidade não tinha shopping e pais que não queriam sair com seus filhos os deixavam em casa. É claro que o consumismo existia, não tão frenético como hoje. Brinquedos e produtos infantis eram oferecidos e o Papai Noel  ainda não tinha noção do lucro que as crianças podiam dar.
O tempo passou, o “bom” velinho continuou velho, mas ficou esperto.  Diante da sua popularidade (que nesta época é maior do que qualquer estrela pop) resolveu tirar proveito de suas famosas barbas brancas.  Associou-se com algumas marcas famosas, abriu umas franquias, contratou uns clones e hoje tá ai, representado por grandes empresário e suas multinacionais, engordando seu saco de dinheiro.

Feliz natal para todos!!









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